Refugiados Climáticos
Encontrei na revista Visão desta semana um pequeno artigo sobre o arquipélago de Tuvalu, uma pequena nação da Polinésia. Segundo o artigo, este país corre o risco de se tornar inabitável, bastando para isso uma subida de 20 a 40 centímetros do nível das águas do mar. Com uma área total de apenas 26 quilómetros quadrados e uma elevação máxima de 5 metros, Tuvalu perdeu já 3 mil dos seus 11 mil habitantes devido às mudanças climáticas e a Nova Zelândia, que desde 2001 tem vindo a acolher "refugiados" oriundos de Tuvalu, já afirmou que acolherá a restante população em caso de submersão do arquipélago.
Os habitantes de Tuvalu arriscam assim tornar-se nos primeiros "refugiados climáticos" do planeta. E certamente não serão os últimos. A subida do nível das águas do mar terá consequências devastadoras em muitas zonas costeiras do mundo e as alterações climáticas contribuirão para a desertificação de muitas outras áreas. E independentemente da responsabilidade do homem no aquecimento global e nas mudanças climáticas à escala planetária, em muitos casos o homem é directamente responsável pelas mudanças ambientais verificadas: a imparável desflorestação da Floresta Amazónica e da Ilha de Madagáscar, assim como a morte anunciada do Mar de Aral (outrora o 4º maior lago do mundo) são apenas alguns exemplos disso mesmo.
É por isso com grande tristeza, apreensão e (desculpem-me a expressão) nojo que oiço os líderes mundiais afirmar que não podem comprometer a economia e o crescimento económico dos seus países por causa das questões ambientais. Pois bem, aqui fica uma pequena sugestão para os grandes "senhores" da política mundial: que tal uma temporada em Tuvalu? Talvez ganhassem uma perspectiva diferente sobre o que é realmente importante ...
Os habitantes de Tuvalu arriscam assim tornar-se nos primeiros "refugiados climáticos" do planeta. E certamente não serão os últimos. A subida do nível das águas do mar terá consequências devastadoras em muitas zonas costeiras do mundo e as alterações climáticas contribuirão para a desertificação de muitas outras áreas. E independentemente da responsabilidade do homem no aquecimento global e nas mudanças climáticas à escala planetária, em muitos casos o homem é directamente responsável pelas mudanças ambientais verificadas: a imparável desflorestação da Floresta Amazónica e da Ilha de Madagáscar, assim como a morte anunciada do Mar de Aral (outrora o 4º maior lago do mundo) são apenas alguns exemplos disso mesmo.
É por isso com grande tristeza, apreensão e (desculpem-me a expressão) nojo que oiço os líderes mundiais afirmar que não podem comprometer a economia e o crescimento económico dos seus países por causa das questões ambientais. Pois bem, aqui fica uma pequena sugestão para os grandes "senhores" da política mundial: que tal uma temporada em Tuvalu? Talvez ganhassem uma perspectiva diferente sobre o que é realmente importante ...


3 Comentário(s):
Sérgio, remeto o meu comentário para as frases do Greenpeace que tens do lado direito do teu blog:
"Quando a última árvore tiver caído,
Quando o último rio tiver secado,
Quando o último peixe for pescado,
Vão entender que dinheiro não se come."
Eu vi um dia destes que a mesma situação se está a passar com a população de uma aldeia na Gronelândia (ou será Alsaca?). O local onde vivem está a ser ameaçado pelas sucessivas quebras no gelo, que derrete a uma velocidade brutal. Já várias habitações foram destruídas e essa população está na iminência de ter de abandonar o sítio onde sempre viveu...
Eu sugeria um bilhete apenas de ida até Tuvalu a todos esses que se intitulam de líderes.
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