segunda-feira, 19 de março de 2007

Crónicas do Autocarro 50 (II)

Ao fim de uma magnifica tarde de sábado a passear pelo Parque das Nações eu não desejava mais do que uma viagem curta e calma de regresso a casa. Tendo em conta a viagem acidentada do início da tarde, parecia-me possível que assim fosse pese embora o facto de estarmos a falar do Autocarro 50. As minhas esperanças esfumaram-se no momento em que no banco à minha frente, cara a cara, se sentou uma jovem brasileira, morena, alta, esbelta, com um top cor-de-rosa justinho e uma mini-saia de ganga capaz de fazer corar o Diabo.

Foi assim que o que deveria ter sido uma simples e calma viagem de 30 minutos se transformou numa verdadeira tortura. Durante quase uma hora (claro que tinha de haver um acidente na Segunda Circular precisamente àquela hora ...) tive de empregar toda a minha força de vontade e de concentração num difícil e extenuante jogo, que consistia em procurar alguma coisa de suposto interesse nos prédios, nas árvores, na estrada, no céu, no tecto do autocarro ... em qualquer coisa menos no contorno dos mamilos, nas pernas e na tanga preta da dita jovem.

E como se isto já não bastasse para fazer a cabeça em água a um gajo, a amiga (que ia sentada ao seu lado), também ela brasileira e ainda mais atraente apesar da sóbria t-shirt branca e das calças de ganga que trazia vestidas, veio a revelar-se bem mais atrevida do que ela ...

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PS: A vida não está fácil para homens à moda antiga como eu ...

2 Comentário(s):

Célia disse...

Isso é que são viagens animadas... Assim vale a pena andar de autocarro :)

Daniel Santos disse...

Uau!! Esse autocarro está a deixar-me curioso...tenho de experimentar um dia destes ;o)