Ainda hoje em Londres se procuram entre os destroços os corpos de mais de 20 pessoas, desaparecidas após os atentados no Metro de Londres na passada Quinta-feira. Sinceramente, as imagens sangrentas não me impressionaram tanto como seria de esperar. Como poderiam quando todos os dias correm mundo tantas e tantas imagens de violência e terror? É triste que se tenha vindo a tornar um hábito.
Há precisamente 46 meses atrás, ao princípio da tarde, as torres gémeas do World Trade Center em New York ruíam e o Pentágono ardia descontroladamente. A imagem das pessoas saltando para a morte dos andares mais altos para fugir às chamas é algo que nunca esquecerei. Também há precisamente 16 meses atrás, Madrid foi palco de outro atentado sangrento, dessa vez resultante do rebentamento de bombas colocadas em vários comboios de passageiros. Agora foi a vez de Londres ser manchada de sangue. Pelo meio ficam tantos e tantos ataques pelo mundo, sobretudo no Médio Oriente.
A resposta do mundo ocidental (desculpem-me, dos Norte-Americanos e dos Ingleses) foi a invasão do Afeganistão e do Iraque com o pretexto de uma “Guerra ao Terrorismo”. E digo pretexto porque foi um pretexto (no caso do Iraque pelo menos) para encobrir outros interesses, nomeadamente os das empresas de armamento e do petróleo.
Pois bem, deixem-me dizer o seguinte: a Guerra ao Terrorismo falhou. E falhou porque estava condenada a falhar desde o início. Não se pode combater o terrorismo recorrendo às políticas que o geraram nem utilizando-o como pretexto para levar a cabo agendas secretas. A escalada do imperialismo económico e bélico a que temos assistido não enfraqueceu o terrorismo, pelo contrário alimentou-o, e foi precisamente esta linha de pensamento e de acção que “criou” Osama Bin Laden e continua a criar gerações de terroristas.
A despeito do ataque às torres gémeas, sinto-me menos seguro hoje do que há quatro anos atrás, porque acredito que há cada vez mais pessoas dispostas a juntar-se aos grupos terroristas do que nunca. Entre os “expansionistas” americanos, os “intransigentes” israelitas, os “fanáticos” muçulmanos e os “megalómanos” Coreanos, não sei quem vai ganhar alguma coisa com tudo isto. O mais provável é perdermos todos ... por causa de alguns.
0 Comentário(s):
Enviar um comentário